O envolvimento dos cidadãos/repórteres e a coesão da comunidade fotográfica Imagem 21 terão nas ações de formação e nas atividades a realizar fortes impulsionadores. Consulte aqui as propostas de programas formativos e de iniciativas fotográficas que se vão realizar e que serão abertas à participação, nas condições indicadas.
Este curso destina-se a toda a classe de viajantes da económica à executiva, dos turistas de sofá aos andarilhos radicais, dos que preferem fazer quilómetros em linhas de papel a embarcar numa estação ou apeadeiro. Aqui não se requer taxas de aeroporto nem se cobra excesso de bagagem. Basta a vontade de chegar aos outros, e sobretudo a disponibilidade do olhar.
Informação sobre curso Nota Introdutória ou uma carta de marear...
Sobre isto de viajar, devia haver nos boletins de entrada nos países – junto aos quadradinhos de «lazer», «turismo», «contrabando»... – os quadradinhos «unir» e «partilhar». Dito de uma forma mais sentimental: abrir o coração e deixá-lo pensar livremente sobre o que acontece durante a viagem. Antes de Heródoto (o pai dos viajantes da era moderna) viajava-se para fazer guerra ou prolongá-la por outros meios. Hoje viaja-se para pagar (ou esquecer) as guerras por outros meios.
Diz-se também que quanto mais se viaja, mais se acham as pessoas parecidas. Por exemplo, todos, minhotos ou chineses querem ir de férias, e todos secretamente invejam quem leva uma vida como a minha (um equívoco perdoável, pois nem tudo são nenúfares na vida de um viajante). Neste caso, recomendo que se antecipem aos chineses e reservem já os toldos... imagine-se que um cantão decide fazer férias em Bazaruto ou na ilha da Boavista... Enquanto candidatos a viajantes todos temos um sonho comum que é gozar umas férias merecidas – e que não se use a desculpa da falta de dinheiro, pois há vários vagabundos viajantes de nomeada (Kerouac, Lazarillo de Tormes, Fernão Mendes Pinto, to name a few).
Há depois a parte metafísica, a iniciação. Uma viagem é sempre uma descoberta. Uma peregrinação. Coisa pessoal. E um caderno de viagens, a escrita de viagens, é sempre um palimpsesto. A escrita de artigos ou narrativas de viagem pode abrir caminhos para os exploradores de papel. Diz-se que antes de deixar Palos, em 1492, Cristóvão Colombo estudou a Bíblia e a Geografia de Ptolomeu. Talvez quem vos leia vá um dia a Bazaruto jogar à bola com o menino Reis-Pedro, ou trepar montanhas com Pavel Rajtar, o alpinista eslovaco que escalou o Evereste com Sir Edmund Hillary.
Conteúdos do curso
Dia 1
- História abreviada da literatura de viagens
- Autores portugueses do século XVI aos nossos dias
- Considerações teóricas e técnicas de escrita
- Escrita e Fotografia no terreno (UMA VIAGEM PELA CIDADE)
- As fases da escrita (do bloco de notas até ao livro)
- 1ª linha: uma questão do pensamento-sentimento
- Progressão e desenlace
Dia 2
- O que não é a escrita de viagens
- O improviso é premiado
- Escrita, reescrita e revisão (a arte de contar o que se viveu para contar)
- Os três “tês”: técnica/talento/trabalho
- Problemas, erros, sintaxe
- Recursos (notas bibliográficas, sites, blogues, etc)
- A fotografia de viagem
O plano de trabalho proposto é o seguinte.
Plano 1
História da Literatura de Viagens.
(objectivo: divulgação da literatura de viagens - grandes autores do mundo: considerações sobre as obras de Heródoto, Gustav Flaubert, Henry Miller, Lawrence Durrell, Orhan Pamuk, entre outros)
Autores portugueses do século XVI aos nossos dias.
(objectivo: história das grandes narrativas de viagens em língua portuguesa; Considerações sobre as obras de Fernão Mendes Pinto, Ramalho Ortigão, Eça de Queiroz, Raul Brandão, Ferreira de Castro, entre outros)
Plano 2
Considerações técnicas da escrita de viagens.
(objectivo: como se escreve um texto de viagens? da narrativa à crónica, da reportagem à poesia)
A fotografia de viagem.
(objectivo: noções básicas de fotografia de viagens; o retrato; paisagens)
Biografia do Formador
TIAGO SALAZAR
Nasceu em Lisboa, em 1972.
Formou-se em Relações Internacionais e estudou Guionismo e Dramaturgia em Londres. Trabalha como jornalista desde 1991, tendo publicado, entre outros títulos, no Diário de Notícias, Grande Reportagem, Vogue e na revista Egoísta. Foi vencedor do prémio Jovem Repórter do Centro Nacional de Cultura, em 1995. Em 2010 foi bolseiro da Fundação Luso-Americana, em Washington, ao abrigo da Bolsa José Rodrigues Miguéis. Publicou quatro livros de viagens, Viagens Sentimentais (2007), A Casa do Mundo(2008), As Rotas do Sonho (2010) e Endereço Desconhecido (2011). Actualmente é cronista da revista Visão & Viagens e do suplemento Fugas, do jornal Público, guia de “Viagens Literárias” na agência de viagens Nomad e formador de Escrita de Viagens. É ainda autor e apresentador do programa «Endereço Desconhecido», em exibição na RTP2.
Links sobre o formador:
Caderno de viagens
http://tiagosalazar.com/QUO_VADIS_SALAZAR___O_caderno_de_viagens_de_Tiago_Salazar.html
Viagens
http://www.nomad.pt/lideres/tiago_salazar.htm
Livros
http://www.wook.pt/authors/detail/id/43243
Programa de televisão
http://www.rtp.pt/programa/tv/p27161
Condições
Horários:
10h30 às 18h.
Preço:
Este curso tem o preço recomendado de 75€.
Inscrição:
Pode ser feita por e-mail ou telefone.
A inscrição só é efectiva após a confirmação do pagamento do curso.
Nos seguintes casos, não é feita a devolução do valor pago:
1. Desistência após 3 dias úteis antes do início do curso.
2. Não comparecência no curso.
Pagamentos
Até 3 dias úteis antes do início do curso.
Por transferência bancária para a conta com o NIB 0010 0000 40821690001 21
Neste caso, o comprovativo deve ser enviado por mail.
Atendimento
Por e-mail ou telefone: tcacao@gmail.com Tel. 96 299 8438
ficha de inscrição
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